terça-feira, 6 de maio de 2008

Evo desqualifica consulta sobre autonomia na Bolívia




O presidente da Bolívia, Evo Morales, classificou como um “fracasso” a consulta popular convocada pelo governador da região de Santa Cruz sobre a autonomia da província, a mais rica do país. Evo convocou os governadores da oposição para um "verdadeiro diálogo sobre autonomia".
Em rápido pronunciamento feito no palácio presidencial Quemado, em Laz Paz, o presidente desqualificou os números apontados em pesquisa boca-de-urna pelos quais cerca de 85% dos eleitores de Santa Cruz disseram sim à autonomia.
"Entre a abstenção de 39%, os votos pelo não e os votos nulos houve pelo menos 50% de rejeição à autonomia de Santa Cruz", declarou. "Não se pode enganar o povo boliviano dizendo que existe um vencedor com mais de 80%", acrescentou.
Segundo Evo, a consulta foi ilegal e inconstitucional e marca o nascimento de um grande rebelião em Santa Cruz “contra grupos que sempre usaram o povo". O presidente convocou os prefeitos – o equivalente aos governadores brasileiros – a buscarem uma “verdadeira autonomia, não uma autonomia para grupos”.
Houve confronto entre simpatizantes e contrários à consulta. Mais de 30 pessoas ficaram feridas (leia mais abaixo).
A consulta foi convocada pelo prefeito de Santa Cruz, Rubén Costas, e organizada, sem o aval da Corte Nacional Eleitoral, pela Corte Departamental Eleitoral de Santa Cruz. Caso seja levado adiante, o Estatuto Autonômico concederá a Santa Cruz competência para legislar sobre temas fiscais e fundiários. Também permitirá ao governo local decidir como serão gastos os recursos que o estado recebe do governo federal. Costas, por sua vez, comemorou os resultados da pesquisa boca-de-urna. Os números finais só devem ser divulgados em seis dias. Segundo ele, a consulta foi "a maior façanha" da história da Bolívia, pois indica a consolidação do início da “reforma estrutural de maior transcendência" no país. (Edson Sardinha)
Camponeses destroem urnas em referendo na Bolívia

Camponeses da Bolívia destruíram urnas do polêmico referendo sobre a autonomia da província de Santa Cruz, neste domingo (4). A votação é contestada pelo governo de Evo Morales porque não foi autorizada pelas autoridades do país. O referendo é um ícone das disputas entre a província de Santa Cruz, que concentra o poder econômico boliviano, e o oeste pobre do país, origem do presidente e ex-líder cocaleiro Evo Morales.

Mas, na manhã de hoje, foram camponeses da própria província de Santa Cruz que destruíram urnas de votação, segundo a agência France Presse. Ela informa que “dezenas de camponeses” foram a uma praça pública de San Julián, a 145 km da cidade de Santa Cruz de la Sierra, capital da província, para impedir o plebiscito.

“Os manifestantes entraram em conflito com funcionários do tribunal eleitoral, atacando aqueles que tentavam montar as mesas de votação”, diz a agência. Além da destruição, foram registrados bloqueios nas estradas da província para impedir o referendo.

As urnas foram abertas por volta das 9h (horário de Brasília). Há cerca de 900 mil eleitores aptos a votar.
ATUALIZADA EM:04/05/2008
Comentários de Otto Mendes
Pois é, mas, a mídia brasileira continua apoiando os golpistas de uma elite que não quer, de maneira alguma, perder o poder e distribuir as riquezas do país entre o povo. Os reacionários da ultra-direita da Veja, da Folha de São Paulo, do Estadão, da Band e da Globo ficam acusando o presidente Evo Morales de querer instituir na Bolívia uma constituição indígena, mais uma mentira desses criminosos, o que este presidente fez foi reconhecer que seu país é pluriétnico e os direitos dos povos indígenas que lá vivem, mas, mesmo que fosse uma constituição indígena, o que tem demais ? A Bolívia tem pelo menos 65% de indígenas, por isso, nada mais justo que a constituição fosse indígena. O que queriam esses neoliberais da imprensa brasileira, que os bolivianos aceitassem a mesma constituição que a séculos vem gerando pobreza e desigualdade naquele país ? Ou talvez "civilizar" os indígenas bolivianos ? Que ridículo ! Agora, vamos imaginar que Evo Morales não tivesse sido eleito, e aprontasse toda essa safadeza, como querer mudar a capital da Bolivia, financiar protestos onde os manifestantes pobres ou são pagos pelos empresários, ou são obrigados a participar destes eventos, convocasse eleições ilegais, sem o consentimento da justiça boliviana e levasse o país a quase uma guerra, desrespeitando a grande maioria do povo boliviano e um presidente legitimamente eleito. O que nossa imprensa neonazista diria? Com certeza iriam chamar Evo Morales de baderneiro, de criminoso, de anti-democrático e o escambau a quatro. Demoniziariam o índio, mas, como são banqueiros, políticos da direita e empresários que estão fazendo todas essas ilegalidades, ai tudo bem, são
todos farinha do mesmo saco, não é mesmo ?
O presidemente Lula continua falando merda
Vejam só as últimas de nosso cientista-presidemente Lula, que fez um discurso em Manaus:
- O presidemente Luiz Inácio Lula da Silva classificou nesta terça-feira (6) as críticas ao biocombustível como "sacanagem pura". "Agora inventaram que vai faltar alimento no mundo porque o biocombustível está tomando o lugar da produção de alimento. É sacanagem pura, malandragem pura de quem não tem competência de competir com o Brasil", afirmou o presidemente. Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Temos um humorista na presidência, pois, tem que ser muiiiiito cara de pau para falar uma asneira dessas !
- "Pobres foram esquecidos pelos governantes", diz Lula!!! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Inclusive pelo seu governo, que traiu os pobres brasileiros, traiu os indígenas, traiu os sem-terras e todos os outros excluídos de nossa sociedade. Que vergonha de presidemente!!!
FORA LULA!!!

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